PARTIDOS POLÍTICOS QUEREM MORADOR DE RUA ESPANCADO POR PERSONAL, COMO CANDIDATO A DEPUTADO

PARTIDOS POLÍTICOS QUEREM MORADOR DE RUA ESPANCADO POR PERSONAL, COMO CANDIDATO A DEPUTADO

Após a grande repercussão sobre o flagrante de sexo entre um morador de rua e uma mulher no Distrito Federal, pelo menos quatro partidos políticos teriam demonstrado interesse em lançar Givanildo Alves, de 48 anos, como candidato. As informações são do Metrópoles.

Givanildo foi espancado pelo personal trainer marido da mulher com quem teve relações sexuais dentro de um carro. As agressões foram flagradas por uma câmera de segurança e o caso viralizou na internet. Depois do personal Eduardo Alves se manifestar em entrevista, Givanildo também deu a sua versão dos fatos em entrevista exclusiva ao Metrópoles.

As siglas possivelmente interessadas em filiar o morador de rua não foram reveladas, mas Givanildo teria sido cogitado para concorrer a deputado estadual ou federal pelo Distrito Federal. Os convites teria ocorrido logo após sua primeira fala pública.

Na entrevista, o morador de rua afirmou que a relação sexual foi em consenso entre ele e a mulher. Já o personal alega que a esposa teve um surto psicótico e por isso teria convidado o homem para entrar em seu carro. A mulher, em contrapartida, teria dito que viu Deus no morador de rua e por isso ficou com ele.

Relembre o caso

Givanildo e a mulher do personal trainer foram vistos tendo relações sexuais dentro de um carro, no último dia 9, conforme episódio gravado por câmeras de segurança.

Em entrevista ao site Metrópoles, na quarta-feira (24), Alves contou que, num primeiro momento, pensou que o espancamento era uma retaliação por ter sido testemunha de um episódio anterior, quando viu uma mulher sendo arrastada por um homem. Somente após dias, quando estava internado num hospital, entendeu o que havia realmente ocorrido.

Alves detalhou que estava na Rodoviária de Planaltina quando foi chamado insistentemente pela mulher, que lhe deu uma Bíblia.  “Ouvi uma doce voz: ‘Moço, moço, moço’. Quando olhei, era uma moça lindíssima. Como não tinha ninguém, eu perguntei: sou eu? Ela assentiu. A moça veio até mim e disse: ‘Eu quero namorar com você’”.

O morador de rua assumiu a sua condição para a mulher e mesmo assim ela segue com sua convicção “Eu não quero dinheiro […] quero namorar você”.

Ao entrarem no veículo, disse o morador de rua, os dois conversaram por poucos minutos e, depois, procuraram uma rua com pouco movimento, onde tiveram relações. Ele disse não ter noção de quanto tempo ficaram no carro.

“Eu disse vamos deitar os bancos. Deitados os bancos, eu disse: ‘Se você realmente me quer, tire a roupa’. Ela tirou a roupa. A coisa mais maravilhosa e linda num corpo de mulher, realmente perfeita”, contou.

O que diz o personal trainer?

Em uma entrevista reveladora ao Léo Dias do Metrópoles, o personal trainer que se deparou com a mulher fazendo sexo com um morador de rua, contou como tem sido os últimos dias após toda repercussão que teve o caso e afirmou que a mulher teve um surto psicótico ao qual “qualquer um está sujeito”.

Durante a conversa com o jornalista, o marido disse que a mulher não sabe de nada em relação à toda proporção e polêmica que teve o caso. Ela está internada em uma ala psiquiátrica sob efeitos de remédios.

“Não consegui ainda ter essa conversa, até pelo fato dos médicos orientarem a não mencionar o assunto, pelo fato também dela ter passado por esse surto e ainda estar internada. Eu fui orientado pelos médicos a não trazer nada do mundo externo, tampouco mencionar algo sobre o assunto”, contou o marido.

O personal ressaltou que foram os próprios médicos que diagnosticaram a surto da mulher e que por isso, ela não pode responder por ela mesma. Apesar de estar consciente e acordada, a moça não tem noção da realidade por conta dos remédios, explica o marido.

“Eu estou com ela há três anos e nunca aconteceu nada parecido ou nenhum surto. É outro fator que os médicos estranham, o surto que ela teve foi muito forte, por isso que ela segue internada, medicada e com dificuldades de seguir com a vida”, explica.

O dia do “evangelismo”

O personal também contou a versão dele sobre o dia em que flagrou a mulher tendo relações sexuais com o morador de rua. “A gente tinha combinado de sair mais tarde com as crianças. Eu dei duas aulas de personal e sabia que ela tinha saído com a minha mãe pra fazer doações, então para mim estava tudo certo”, relembra.

As aulas terminaram por volta das 19h, foi quando o marido resolveu ligar para a mulher, que estava com o telefone desligado, então ele resolveu ligar para a mãe dele, já que a esposa havia saído com a sogra para fazer as doações.

“A Sandra não é de atrasar. Eu perguntei para minha mãe como foi o dia e minha mãe me explicou, ‘compramos algumas roupas, fomos à escola, porém ela [a nora] ajudou um morador de rua na escola’”, o marido estranhou a informação.

“Minha mãe falou que ela ajudou o morador, quando ele pediu alguma ajuda em dinheiro, não satisfeito com isso, ele pediu ainda a bíblia dela que eu recentemente dei de presente a ela, o que me estranhou mais ainda é que ela deu a bíblia. Vi que havia algo de errado”, continuou.

Ainda de acordo com o marido, faziam mais de três horas que a mulher já deveria ter chego em casa, ele então resolveu ir atrás da esposa. Seguindo as orientações da mãe, ele achou o carro da mulher estacionado em uma rua de Planaltina (DF).

“Quando eu avistei o carro, eu não imaginei, de imediato, que teria algum morador de rua lá dentro, eu imaginei que ela poderia estar em alguma casa na vizinhança. Até então, era para fazer uma doação”, continuou.

“Quando eu cheguei na parte da frente, foi quando eu tomei nota do que estava acontecendo, que foi quando eu vi um homem. Naquele momento, eu já vi que estava errado e foi quando, particularmente, eu já surtei. Eu só queria tirar ele de lá, porque para mim não estava certo, não é da Sandra”, relembra.

O personal conta que temia pela segurança da mulher, já que a cena mostrava algo totalmente fora do que era esperado por ele e do que era comum da mulher.

“São três anos juntos, não é algo normal. A partir dali, eu surtei mesmo. O meu único objetivo era preservar a vida dela, tirar ela de lá, porque não estava normal. Independentemente de ser um morador de rua ou não, a cena que eu vi é difícil de explicar. A única coisa que eu queria mesmo era tirar ele de lá”, justificou.

O único pensamento que passava na cabeça do personal era tirar a mulher de dentro do carro. “Vi, por se tratar do local em si, que não é dela, de parar em local assim com o carro, com os vidros fechados e, muito mais ainda, a situação em si, que eles estavam pelados. Para mim, era alguma violência, algum abuso”.